Às vezes sou mal interpretada por não saber expressar o que sinto, seja emocional ou físico, não gosto de parecer frágil, coloco uma capa nas emoções e dores.
Já sorri em momentos que queria desabar de chorar e já chorei escondida pra que ninguém visse. Já passei muito mal pela maldade e más energias, pela inveja daqueles que não entendem que possuem valor e são tão importantes quanto eu pra quem realmente importa: Deus!
Nunca fui boa em falar para as pessoas p que sinto, me sinto mais confortável ao escrever. Aqui posso organizar com mais cautela o que digo, voltar atrás se for preciso e soar natural sem causar danos. Às vezes até me pergunto se as pessoas não possuem medo do poder das más palavras que soltam pelos cantos. Pois quando eu solto minhas palavras de dor, insatisfação e ira, me sinto profundamente mal.
Só queria dizer oi, tudo bom? Perguntar o que pensam de mim pra automaticamente ter de retratar tudo e tirar esse peso pessoal da consciência. Porque já sei claramente que tudo que eu digo por alguém será distorcido e diminuído...
É um mundo estranho onde o drama é aplaudido e comentado, muito mais do que aquele que hoje sorriu.
É tão bom se orgulhar de si mesmo, saber que está bem. Eu espero evoluir nessa situação e conseguir ser mais transparente, para que tirem a visão de que sou metida, arrogante, que me acho superior, que sou falsa, fofoqueira, duas caras, que não presto pra relacionamentos, que presto apenas pra relacionamentos, que sou homossexual, que não sou homossexual, que escolho trabalho, que escolho com quem quero falar, que sou ignorante, impaciente, que sofro de ansiedade, depressão, síndrome do pânico, que sou esquisita, que não sirvo pra sair pois não bebo nada alcoólico, que não posso comer nada por causa das minhas intolerâncias e alergias alimentares, que sou infantil por causa dos meus gostos, que sou roqueira, sou kpopeira, só gosto de música velha, que só ouço Boy George, que não sou feminina, que sou excêntrica, que só causo problemas, que sou uma ameaça nos relacionamentos alheios, que sou manipulada pela minha mãe, que não tenho opinião, que sou boazinha, que sou ruim, que sou digna de pena, que me aposentei da música, que sou preguiçosa, que não sou profissional, que desisti, e de fato: EU DESISTO!
Já ouvi tudo isso e muito mais em inúmeras versões de mim que me fizeram até questionar tudo que de fato sou hoje. Mas já chega de ser tolerante com pessoas tentando tirar conclusões abusivas e exclusivas. Eu sou só mais uma tentando sobreviver e não movendo uma palha sequer pra nada que não seja meu.
Me deixem em paz, me deixem em paz porque isso destrói minha saúde e bom, sei que muitos querem me ver de um jeito bem ferrado, mas o aviso é que eu também ouvi sobre ser insegura e não fazer nada sozinha então, cuidado: pode ser que se me derrubarem, eu não caia sozinha, vou puxar vocês, afinal, não passo de uma garotinha medrosa.
Esse texto nada bonito é um desabafo que cabe em tantas cabeças...
Ironia? Deboche? Não costumo usar apesar de me acharem a rainha do deboche. Repito, me deixem em paz! Só dá pra estabelecer contato com quem fala minha língua e a metida aqui se acha a internacional e não gosta de falar em português também...
Eu tenho tanto guardado em mim pra dizer, tanta dor que ninguém notou, e quando notou pouco deu atenção. Egoísta? Me chamam muito, mas eu não gosto de pensar só em mim nunca!
O ser humano não nasce sozinho, não faz nada sozinho e quer expor uns aos outros a vaidade, soberba, humilhação. É medíocre e pobre de espírito, dá até pena.
Eu não sou o que dizem, nem o que você pensa. E vou me abrir pro mundo, só pra quem eu confio. Me conhecer é fácil, mas deve mesmo ser mais fácil criar versões de mim, falar mal, ser manipulado pra me atingir. DANE_SE!
EU SOU EU, com defeitos e qualidades. Mas jamais serei o que sua mente criou ou o que minhas habilidades me permitem
Se cuidem, sejam fortes