segunda-feira, 25 de setembro de 2017

Sem olhar pra trás

Quem conhece o fundo do poço quer sair
Se esforça, dá o melhor de si
Erra, cai, tenta até que sai
Adivinha quem empurra de novo.

Não quero o topo desse mundo mentiroso
Nem quero me igualar cuspindo besteira
Quem liga, quem se importa
Quem disse que um FODA-SE
Não pode fazer parte da literatura brasileira?

Estar por trás dos panos
É  melhor que se retalhar com poeira de fama
Nevil trata isso como 15 minutos de fama
Mas pior é eu que estou cagando pra tudo
Ter de me retratar por causa de mais um drama

Pensei que já tivesse compreendido
Que quem celebrava o buraco era a saudosa Dercy
Eu não gosto da escuridão
Do maligno
Do buraco
Eu não gosto de lá não

Eu gosto da verdade
Do que Deus me dá
Não tenho saudade
Dos moradores do buraco
Que vivem suas vidas no escuro
Brilhando como paetê estragado

Eu só quero deixar claro
Que isso aqui me é desnecessário
Que eu fiz e fui verdade
Fui mulher
Abrindo o jogo e dizendo quem amo
Doendo como deveria doer
Homem não é aquele que não fez o mesmo
Não assume os próprios erros
Se faz de coitado, de rogado e de ofendido.
Por eu não querer mais em sua cama ter dormido
Você não me é o primeiro desgraçado que me faz isso

Por mais que pensem o contrário
Não me abalo
Só estou dizendo tudo isso
Pra que entendam que eu não quero um saláfrario
No papel de meu marido.
Espero que entendam que o amor acabou
Obrigada, é só isso.