Necessito

Me perdoe se me enfado das necessidades diárias.
Se me entristeço e desisto de amar.
Não sei se tudo me parece como fofo de palha.
Ou se tenho pouca necessidade de me amar.

Me esqueço covardemente daquilo tudo que amei.
E me envolvo em necessidades presas à rotina.
Tenho saudade de buscar aquilo que já sonhei.
Tenho no espelho uma mulher que foi menina.

Passado guardado na memória, idéia simplória.
Versos e mais versos, histórias, conversas, amor verdadeiro.
Que a luz do Criador emane forte em glória.
Pois é sempre por aí que encontramos amor verdadeiro.

Já se perguntou quem eu sou?
Ou quem sabe o que faço o ano inteiro?
E quantas vezes chorei por você, tentei te esquecer.
Já pensou sobre sentir-se inteiro?

É essa alma refletindo luz na menina dos olhos.
E essa beleza emoldurada na graça de um sorriso.
É o vazio e o nada me deixando com ar indeciso.
É essa minha necessidade de achar o paraíso.
Aqui.
Na Terra.
Onde parece que nada faz realmente sentido.
Onde eu queria te doar tudo que também preciso.
Amor.
É o que necessito.

Primo

Te imagino
Com a cara enfiada nos livros
Em um belo sorriso
Descobrindo o paraíso
Um mundo imaginário

Imagino nós dois juntos
Tirando fotos em algum parque
Compartilhando tantas ideias
Planejando o Natal em janeiro
Ignorando o Carnaval
Inventando o ano inteiro

Imagino luzinhas
Muitas luzinhas piscando
Em um espaço cheio de encanto
Decorado com cuidado
Por nosso lado desastrado

É tudo muito correto
É esperto e tão certo
Um pensamento incerto
Nossa frase
Vai que dá certo?
Vai ter de dar certo.

Imagino conversar com Deus
É nosso elo de amizade
Não sei se gera uma lembrança
não viva.
Sei que gera saudade.

É apoiar um ao outro
É perguntar como foi seu dia.
É se preocupar, torcer e rir
É ter aquelas loucas agonias
É encafifar ideias
E não querer mais no outro dia
É pedir opnião
Sabendo que as respostas
Moram em algum coração
e não.
Não é preciso estar perto
pra termos gratidão.

É porque você faz parte da minha vida.
E aonde você está não tem saída
E enquanto ando distraída
Enquanto choro retraída
Eu vejo becos sem saída
Mas eu sei que tenho luzinhas
Pra iluminar minha vida
(Até porque você coloca luzinhas em tudo).

Sinta a leveza da alma
A alegria das brincadeiras
Na aspereza há calma
Na incerteza há belezas

Sinta a mais pura emoção
Sinta tudo com satisfação
Entre tantas pessoas existem poucas
Que entendem sua imensidão.
(Fico feliz de ser uma delas).

  Para meu primo lindo e maravilhoso sabor morango com calda de baunilha e gotas de chocolate.
Pra você mesmo criatura! Para Marcos Lins.

Tire os óculos.

É que você tem um lindo sorriso que me encanta e por fim eu devo esquecer.
Enquanto olho pro céu, jogada nessa varanda, sem os óculos e as luzes faiscando como sol em água cristalina, um arco íris particular.
Te vejo de uma forma peculiar.
Te vejo dessa forma peculiar.

Me lembro de estar sem os meus óculos quando te vi ali como se fosse parte daquele bar, como se fosse invisível.
Mas meus olhos te viram em outro ângulo, outra luz e muita clareza ao entender que o pouco de esperança que te existia tinha de ser meu e nem deu. Por fim, o tempo passou e você esqueceu.
E eu?
E eu?

Me desculpe incomodar depois de certo tempo, muita coisa aconteceu e nem tem cabimento.
Mas preciso dizer que amo seu sorriso e que é clichê rimar sorriso com preciso, mas que se dane! É isso!

Se algum dia você me reencontrar jogada como nada na mesa do bar, com o que me resta de esperança, por favor TIRE SEUS ÓCULOS e enxergue o paraíso, que vi longe dessas minhas lentes de vidro. Veja que o mais próximo parece vago e indeciso.
Compreenda minhas luzes como um dia eu compreendi as suas, não  pense e nem se informe, não olhe pra trás e corre. E me desculpe se acho que você não sabe o significado do que é ser feliz. É porque também é clichê dizer que estava debaixo do seu nariz.
É bem mais fácil observar a semelhança por trás dos óculos, mas ao retirarmos, nos vermos completamente míopes. Enxergamos com as mãos, sentirmos o cheiro e o sabor.
Mútuo e envolvente.
Oposto e latente.

Tire os óculos se me ver novamente.
Tire os óculos se me ver novamente.
Esquece o que eu sou e reinvente.
Esquece o que houve entre a gente.
Permita-me se apresentar novamente.
Permita-me me apresentar novamente.

Ainda tenho tanto pra te dizer...
Mas as lentes atrapalham-me a comunicação, você sabe, tiro os óculos pra ouvir melhor, uma estranha sensação. Quase tão insensata quanto te pedir pra tirar os óculos e enxergar com o coração.

Mulheres sendo elas mesmas no mundo

Mulheres no mundo
Que nascem como qualquer tipo de gente
Mas com brilho nos olhos
Um coração latente
Mulheres fortes
Aparência frágil, voz doce, jeito inocente
São apenas meninas
Em um conto de fadas
Em busca de aventuras
São tão envolventes

Donas das próprias histórias
Com papel e caneta
Se reinventam todo dia
Às vezes se pintam
Brincam com cores
Vibrante batom
Mas são belas e perfeitas
Como o dom da criação

São pequenas dádivas
São estrelas em seu lugar
Sofrem por serem amadas
Sofrem por saberem amar

São grande magia
São razões de alegria
E são tão importantes
Tão amáveis, coração grande
Mães da verdadeira beleza
São obras primas da natureza

Mulheres incríveis em seu mundo
Cheias de dons, muito inteligentes
De deixar qualquer um inconsequente
à ponto de se dedicarem noite e dia
Por mais um dia e uma noite
Querem sempre mais, querem sempre.

Humanas, imperfeitas, importante lembrar
Pois como parecem sem defeitos aquelas que sabem sonhar
Que se deliciam com a vida, que gostam de cantar e dançar
Que celebram cada dia, que agradecem ao estar viva para continuar
Que desconhecem o caminho mas seguem com alinho pois no fundo sabem
Tudo está certinho
Se não estiver eu farei ficar

Mulheres em seu mundo ainda há medo
Do desconhecido que gera exaspero
Gera vontade de desistir
Mas sua garra é maior que o desespero
Sua doce loucura ignora o medo
Segue confiante em seus desejos
Sela paixões com beijos
Cativa com um eterno gracejo
Ao abracar a vida sem medo de ser feliz

Mulheres sendo elas mesmas
Poderosas, insatisfeitas
Graciosas, deliciosas, parecem feitas
Do mais precioso e puro rubor das cerejeiras
Como é maravilhoso ser assim
Suaves e brejeiras
E de vez em sempre também um furacão
Sabem ser delicadas como uma rosa
Sabem explodir como um vulcão

Birrentas, mimadas, donas do próprio nariz
Sabem que a felicidade está na vontade de ser feliz
Brincam, pulam e choram, tem orgulho de ser como são
E como não teriam, se são como um tesouro, se são pura emoção

Ai, como vocês deixam saudades naqueles que sabem amar de verdade e nunca esqueceram que vocês são mulheres dignas de dizer sim e de dizer não.
Ai Ai, como expressar a imensidão dessas mulheres maravilhosas que ocupam todo o espaço em qualquer bom coração?
Continuem sendo assim, bem assim como são.

Uma homenagem para minhas amigas: Linda Lins, Andressa Rosendo, Rebeca Fernandes, Thayná Santos, Luiza Braga, Débora Mendes, Carla Cidral, Andrea Sana Moura, Solange Elias Ferreira Paulo, Edith Reis, Doraci Reis, Berthiane Grützman, Maria de Fátima, Leiva Mothé,Elisa Miranda, Catarina Castanheira, Margareth Pereira, ... e para todas as mulheres maravilhosas desse mundo que são elas mesmas! 😊